Em um cenário de crescente tensão global devido às guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, a Rússia realizou um exercício de retaliação nuclear maciça contra a Otan nesta quarta-feira (25), coincidindo com o fim da simulação anual de ataque atômico liderada pelos Estados Unidos.
A manobra, chamada “Grom” (trovão, em russo) foi anunciada em uma conferência com o presidente Vladimir Putin e envolveu o lançamento de mísseis intercontinentais, submarinos nucleares e bombardeiros estratégicos.
Essa ação da Rússia, que visa testar sua capacidade de retaliação nuclear, ocorreu em um momento de escalada das tensões internacionais devido à invasão da Ucrânia e ao conflito entre Israel e o Hamas palestino.
Embora isso não signifique iminência de uma Terceira Guerra Mundial, a deterioração do ambiente de segurança nuclear é motivo de preocupação, visto que tanto os EUA quanto a Rússia estão revendo suas posturas em relação ao uso de armas nucleares táticas.
A Otan, por sua vez, realizou o exercício “Steadfast Noon” envolvendo aviões estratégicos e caças táticos de 13 países, enfatizando que se trata de uma atividade de defesa.
No entanto, a distinção principal é que o exercício russo envolve armas nucleares estratégicas, enquanto o da Otan usa armas táticas de menor potência.
Esses exercícios são um reflexo das preocupações sobre a flexibilidade nas doutrinas nucleares dos EUA e da Rússia, e como isso pode afetar a segurança global.
A Rússia, em particular, busca manter sua influência regional e demonstrar força por meio de tais ações, enquanto os EUA também tomaram medidas que aumentam a incerteza sobre o uso de armas nucleares. Com informações da Folha de S.Paulo.