Após reunião com o presidente do STF, ministro Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse que a democracia no país não pode ser questionada como vem sendo recentemente.
A declaração foi uma resposta às ameaças do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo.
“Nós precisamos de uma pauta propositiva, e o ambiente dessa pauta propositiva é democracia. A democracia não pode ser questionada da forma como vem sendo questionada no país”, disse.
“Concordamos que o radicalismo e o extremismo são muito ruins para o Brasil e são capazes de destruir a democracia. Precisamos evitar o radicalismo e o extremismo e buscar o diálogo”, ressaltou o presidente do Senado.
Pacheco: ‘Democracia não pode ser questionada como vem sendo’ #VisaoCNN pic.twitter.com/xM2gROYnwJ
— CNN Brasil (@CNNBrasil) August 18, 2021
Pacheco já mandou indireta para Bolsonaro
Na segunda-feira (16), Pacheco divulgou uma nota enviando uma indireta para Bolsonaro. O senador não citou nomes, mas ficou evidente sua cutucada ao chefe do executivo.
“O diálogo entre os Poderes é fundamental e não podemos abrir mão dele, jamais. Fechar portas, derrubar pontes, exercer arbitrariamente suas próprias razões são um desserviço ao país”, afirmou ele.
“Portanto, é recomendável, nesse momento de crise, mais do que nunca, a busca de consensos e o respeito às diferenças. Patriotas são aqueles que unem o Brasil, e não os que querem dividi-lo”, acrescentou em suas redes sociais.
O presidente do Senado não parou por aí. Ele declarou que “os avanços democráticos conquistados têm a vigorosa vigilância do Congresso, que não permitirá retrocessos”.
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Bolsonaro e Rodrigo Pacheco
O posicionamento de Rodrigo Pacheco não foi por acaso. No fim de semana, Bolsonaro prometeu que pedirá o impeachment de dois ministros do STF. Caso o presidente cumpra a promessa, o senado é quem irá analisar o pedido.
O chefe do executivo tem enfrentado Luís Roberto Barroso na questão do voto impresso. O presidente defende que as urnas eletrônicas não são transparentes.
Com o segundo ministro, Alexandre de Moraes, o governante foi incluindo em dois inquéritos. O número pode aumentar em breve.