O vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), acusou um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de participar de uma orgia com crianças no exterior. A declaração, sem prova alguma, foi feita durante discurso na sessão ordinária da Câmara dos Vereadores, no dia 17 de novembro de 2022.
“Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro?”, iniciou o parlamentar.
“A vergonha começa lá em cima. A gente sempre tirou os exemplos de nossos pais quando éramos crianças e o povo tira o exemplo das autoridades. É triste o futuro que a gente vê”, acrescentou.
Após tomar conhecimento do episódio, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (2) que enviará o discurso de Fantinel para apreciação da Polícia Federal (PF).
Alem do discurso em apoio às vinícolas que usavam trabalho escravo e da fala xenófoba e racista, o vereador Sandro Fantinel também acusa um ministro do @STF_oficial de praticar pedofilia no exterior?
Ele tem provas dessa denúncia gravíssima?
E ele ainda fala "sejem" pic.twitter.com/GZJXHuL3l7— Sérgio A J Barretto (@SergioAJBarrett) March 2, 2023
“Um agente político (vereador do RS) afirma que um ministro do STF participou de ‘orgia com crianças’. Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões”, escreveu o ministro no Twitter.
A denúncia foi feita pelo advogado Claudio Libardi através de um e-mail enviado no dia 9 de janeiro ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
No e-mail, além de citar a acusação do vereador, o advogado informou que, “de forma recorrente”, Fantinel auxiliou nos atos terroristas de 8 de janeiro.
Na última terça-feira (28), o vereador usou a tribuna da Câmara municipal para atacar baianos que foram resgatados de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves. Durante o discurso, Fantinel disse que os produtores gaúchos não deveriam mais contratar “aquela gente lá de cima”.
“Agricultores, produtores vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse, referindo-se aos baianos e se colocando à disposição para ajudar a criar “uma linha” para a contratação de argentinos para o trabalho de colheita de uvas.