Ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid disse que testemunhou propostas de golpe após o ex-mandatário ter perdido as eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo informações do Blog da Andréia Sadi, do G1.
De acordo com relatos de Cid nos bastidores, aliados do ex-chefe do Executivo procuraram o ex-presidente para tentar reverter o resultado das eleições com propostas de “viradas de mesa”. Cid relatou que uma das pessoas que falou com Bolsonaro foi um ex-ministro do ex-capitão. O outro foi o ex-deputado federal Daniel Silveira.
O relato de Cid aponta que houve uma espécie de roteiro a ser seguido. O ajudante de ordens de Bolsonaro disse que havia pressões ao ex-presidente para que ele “virasse o jogo”, assinando 142 e, até, que encampasse um golpe para prender ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo de Alexandre de Moraes.
A partir desse roteiro, o ex-mandatário convocaria novas eleições e ordenaria voto impresso. Vale destacar que, no relato de Mauro Cid, Bolsonaro apenas ouvia as propostas de seus aliados.
O tenente-coronel Mauro Cid foi preso, na última quarta-feira (3), sob a suspeita de participar de uma organização criminosa que tinha o objetivo de adulterar os dados de vacinação de Bolsonaro, que assumiu que não tomou nenhuma dose do antídoto contra a Covid-19.