A deputada bolsonarista Carla Zambelli (PL) alegou, no início da tarde desta quarta-feira (22), ter sido vítima de um grupo de “hackers” que divulgaram seus dados pessoais, como número de telefone, endereço e CPF, além de informações sobre as despesas da parlamentar.
Por nota, ela recusou ter uma assinatura paga no site de conteúdo adulto Brasileirinhas, uma das despesas apontadas pelo grupo. Outros gastos também foram divulgados, como um livro de Charles Darwin, desodorantes, utensílios domésticos e roupas. Os documentos foram vazados e divulgados pelo perfil @EterSec.
“Chega a ser esdrúxulo ter que vir a público desmentir fatos tão absurdos. Todavia, para que não fique nenhuma dúvida: os gastos apontados não são reais, inclusive a suposta assinatura de conteúdo adulto”, disse a deputada, que se apresenta como uma mulher conservadora, defensora da família e dos bons costumes.
O próprio site informou ao portal O Antagonista que a descrição da assinatura do serviço na fatura do cartão de fato não é a mesma do documento publicado nas redes sociais. Segundo o Brasileirinhas, não é possível confirmar ou não que a deputada seja assinante do serviço, já que só tem acesso aos dados do cartão.
Como maneira de tentar provar a “inocência” da parlamentar, sua assessoria tentou fazer apontamentos na nota divulgada. “Um dos exemplos é que a deputada não nasceu em Birigui”, diz o comunicado, ressaltando que Zambelli nasceu em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
A parlamentar teve seus dados pessoais vazados no Twitter no ano passado. Ao lado de outros bolsonaristas, ela foi alvo de um perfil chamado @stcdados e comentou ter recebido “milhares de ligações e mensagens ofensivas de desconhecidos” à época. A deputada ainda acusou aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de terem divulgado seus dados e de seus colegas.
Por ora, a parlamentar bolsonarista disse que vai acionar a Justiça contra os responsáveis pelos vazamentos de dados pessoais e pela disseminação de informações falsas. “Ela tem recebido inúmeras mensagens de xingamentos, assédio e ameaças por WhatsApp (…) Os responsáveis pela exposição dos contatos e das mentiras expostas serão devidamente processados”, declarou o gabinete de Zambelli.
Veja os documentos: