Wajngarten tenta salvar a própria pele no caso Rolex: “Queria entregar ao TCU”

Atualizado em 12 de agosto de 2023 às 13:45
Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro. Foto: reprodução

O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi ao Twitter na última sexta-feira (11), para se defender das acusações de que teria sido escalado para tentar recomprar o Rolex, ação feita pelo advogado Frederick Wassef.

Sob o comando do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens, os bolsonaristas venderam o relógio que Bolsonaro ganhou no cargo, caracterizando o crime de enriquecimento ilícito e peculato.

Em uma primeira publicação, Wajngarten apresentou um requerimento, assinado em 23 de março deste ano, dois dias antes do diálogo dele com Cid, que segundo o ex-secretário seria uma petição para “antecipar a entrega dos objetos”, “antes de um pedido formal do TCU (Tribunal de Contas da União), que aliás acabou ocorrendo”. Em confirmação, ele escreveu: “Reitero: sugeri antecipar e entregar ao tribunal. Só isso”.

Segundo o blog da Daniela Lima, no G1, Wajngarten teria falado com Cid sobre o risco da ordem do TCU. Em um dado momento, afirmou que essa operação “foi contaminada por Fred”, se referindo a Wassef.

Já em outro post, o advogado apresentou outro documento, desta vez com data de sexta-feira, um reforço dos argumentos apresentados na publicação anterior. Segundo ele, a defesa de Jair Bolsonaro informa que: “determinou a defesa que apresente todas as informações bancárias e fiscais às autoridades competentes; todas as movimentações bancárias estão lastreadas nos seus rendimentos pessoais, todos declarados à Receita Federal; não teme absolutamente nada; não há irregularidades”.

A conversa entre Wajngarten e Cid aconteceu depois que o TCU começou a analisar o caso. Questionado sobre o caso, o advogado disse ter olhado seu telefone e não ter encontrado mensagens sobre o assunto.

A Polícia Federal diz que as mensagens trocadas entre Bolsonaro e seus ex-assessores mostram que havia “um esquema de peculato para desviar ao acervo privado do ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, os presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras, para posterior venda e enriquecimento ilícito do ex-Presidente”.

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