Em seu depoimento à Polícia Federal (PF), Frederick Wassef, advogado de Jair Bolsonaro (PL), revelou ter recomprado o Rolex de ouro branco, presente da ditadura da Arábia Saudita ao ex-presidente, a pedido de Fábio Wajngarten, secretário de Comunicação da Presidência no governo anterior e também um dos advogados do ex-capitão no caso das joias. Além disso, ele afirmou que outra pessoa teria participado do plano.
Wassef disse que após recomprá-lo por US$ 49 mil em uma loja na Pensilvânia, nos Estados Unidos, ele ficou com o Rolex por alguns dias em Nova York. Posteriormente, recusou a solicitação de Wajngarten para transportar o relógio de volta ao Brasil, alegando preocupação por ser uma figura pública e poder ser reconhecido.
Diante do impasse, Wajngarten concordou que um brasileiro, conhecido seu, viajasse com o Rolex dos EUA para o Brasil. Wassef relatou à PF que acertou com Wajngarten a entrega do relógio a esse emissário no estacionamento de uma loja Best Buy em Miami, de acordo com a revista Veja.
O responsável trouxe o bem de volta ao Brasil, entregando-o a Wassef em seu sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, onde também foi detido Fabrício Queiroz, acusado de operar a rachadinha no gabinete do filho “01” do ex-mandatário, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Após alguns dias, Wassef entregou o relógio ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, no aeroporto de Congonhas (SP), antes de ele embarcar para Brasília. Seguindo orientações dos advogados do ex-presidente, o relógio foi devolvido ao poder público e está sob a guarda da Caixa Econômica Federal.
Vale destacar que a defesa dos envolvidos pretende contestar a tese da PF de que houve crime na transação das joias. Alega-se a ausência de uma lei clara que defina se o presente deve integrar o acervo público ou pessoal do presidente (com possibilidade de venda).
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