O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, virou alvo de memes nas redes sociais após as recentes decisões da equipe econômica do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Taxad”, “Zé do Taxão”, “Taxa Humanos” foram alguns dos adjetivos atribuídos ao ministro. Com informações da CNN Brasil.
Nos últimos dias, diversos memes foram compartilhados na web relacionando a alta dos impostos a Haddad. Entretanto, os números mostram o contrário: os impostos caíram no primeiro ano do governo Lula.
No ano passado, o governo arrecadou R$ 3,521 trilhões em tributos, impostos e contribuições. O valor corresponde a 32,44% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com dados da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.
O número representa uma queda de 0,64 ponto percentual em relação ao que foi registrado em 2022, quando marcou 33,07%.
Ao analisar a composição dos tributos pagos em 2023, o Imposto de Renda das empresas foi o item que mais contribuiu para a queda. As empresas pagaram o equivalente a 2,34% do PIB em IR, uma redução de 0,45 ponto percentual em relação ao ano anterior.
A Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das empresas também caiu, representando 1,34% do PIB – uma queda de 0,21 ponto percentual.
Em junho, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que 32 novas desonerações de impostos foram adotadas no ano passado, resultando em uma redução total de R$ 68 bilhões na arrecadação.
Segundo o ministro Vital do Rêgo, do TCU, “não faz sentido um país já consideravelmente endividado insistir em tantos incentivos fiscais que muitas vezes sequer conseguem cumprir seu objetivo”.
Entre os segmentos que registraram aumento na participação da carga tributária, os principais itens são os pagos por pessoas físicas. O Imposto de Renda retido na fonte correspondeu a 4,48% do PIB, um aumento de 0,33 ponto percentual em um ano. A contribuição para a Previdência Social também cresceu, somando 5,27% do PIB, com um aumento de 0,12 ponto percentual.