O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), desabou no ranking de popularidade digital neste mês, após suas recentes falas sobre um consórcio reunindo estados do Sul e Sudeste em oposição ao Norte e ao Nordeste, consideradas separatistas.

É o que aponta o IPD (Índice de Popularidade Digital), analisado pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest. Ele é calculado por meio de algoritmo que coleta e processa 152 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipédia e Google.

A queda de Zema anula a pequena recuperação que ele havia obtido em julho. Redes sociais registraram críticas às declarações, que reverberaram também entre políticos, na maioria opositores, mas também entre os de centro e de direita.

Zema viu aumentar sua popularidade digital em julho, chegando a ultrapassar Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco e vice-líder em junho. A fala proferida em entrevista ao Estadão publicada no último sábado (5), porém, o fez perder 20 pontos, voltando à terceira posição, com 30,08.

Enquanto isso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manteve-se líder em visibilidade, apesar de queda nos números gerais.

Apesar de manter a liderança, Tarcísio registrou quedas consecutivas em sua popularidade. O fato pode ser atribuído à operação Escudo, feita pela Polícia Militar em Guarujá e que matou ao menos 16 pessoas, além da crise com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em meio à articulação da reforma tributária.

Com a queda de Zema, Raquel Lyra manteve-se em segundo em visibilidade digital, com 35,24 pontos. O mandatário paraense Helder Barbalho (MDB) ficou em quarto lugar e registrou 29,58 pontos, cerca de 0,5 ponto a menos que Zema. Já o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), chegou ao quinto lugar neste mês, marcando 28,61 pontos.

Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, que também havia crescido sua posição e chegado ao terceiro lugar em julho, despencou consideravelmente neste mês e foi parar na sexta posição, com 27,96 pontos.